Saiba qual escolher: Angiologista explica qual o exercício mais adequado para o seu objetivo e como praticá-lo adequadamente.
É inegável que praticar atividade física faz bem para a saúde. Porém, é comum que apareçam dúvidas na hora de escolher qual exercício fazer. Muitas pessoas acreditam que a corrida e a caminhada servem para a mesma coisa, mas, apesar de possuírem benefícios parecidos, os objetivos atingidos através de cada um dos exercícios são distintos. “Tanto a caminhada quanto a corrida são boas para a saúde e alguns benefícios são comuns em ambas as modalidades, como por exemplo, o controle da hipertensão, da diabetes e do colesterol e a liberação de endorfinas, hormônios que relaxam o corpo, geram sensação de bem-estar e auxiliam a boa qualidade do sono. Porém, na hora da escolha, tudo depende do objetivo final: perda de peso, condicionamento físico ou ambos”, afirma a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, angiologista e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. “Mas ambos são excelentes para o sistema circulatório, pois a prática de exercícios físicos aumenta o fluxo da circulação do sangue e melhora o retorno venoso com a finalidade de levar oxigênio às células dos músculos e tecidos próximos. Assim como o sangue chega nos membros inferiores, ele precisa retornar ao coração para ser bombeado novamente”, completa a médica.
Se o objetivo é perder peso ou competir, a corrida é a melhor escolha. Na corrida, a capacidade de perda energética e, consequentemente, de perda de peso é maior. Além de contribuir para a queima de gordura, o exercício ajuda a desenvolver os músculos e fortalecer o sistema imunológico. Porém, a corrida é indicada para pessoas que têm maior aptidão e um condicionamento físico melhor. “Quando corremos o impacto nas articulações e o nível de exigência muscular é maior, o que aumenta os riscos de possíveis lesões. Mas, se aliada à musculação, os riscos de sofrer com estas lesões podem ser diminuídos”, explica a médica. Para diminuir as dores pós-corrida, uma boa estratégia é apostar nas meias elásticas esportivas de compressão. “Elas têm compressão graduada que pode variar de 15-23 mmHg até 20-30 mmHg dependendo do fabricante e são capazes de: melhorar o retorno venoso, manter a musculatura aquecida, reduzir a fadiga muscular, acelerar a recuperação, diminuir a incidência de câimbras e dores na panturrilha, além oferecer efeito benéfico durante o exercício – o que pode melhorar a performance”, explica a Dra. Aline Lamaita. Há um efeito imediato e uma ação pós-atividade física. “O uso da meia diminui os produtos de degradação, os ácidos lático e pirúvico, que estão ligados àquela dor muscular do dia seguinte (ou 48 horas depois) de uma corrida, por exemplo. No caso da meia, acelerando a circulação, ela diminui a concentração desses ácidos”, explica. Apesar dos multibenefícios, a médica alerta que é importante sempre ficar atento às especificações da meia, tirar medidas adequadas para que a meia tenha um ajuste perfeito nas pernas e consultar um cirurgião vascular.
Já se o objetivo é sair do sedentarismo ou preparar o corpo para atividades físicas mais pesadas, a caminhada é o ideal. Segundo a Dra. Aline, a caminhada protege mais o coração, por exigir menos esforço dele. O risco de lesões ao caminhar também é menor quando comparado a corrida. Além disso, a atividade auxilia no combate a osteoporose, protege contra infartos e pode ser realizada por um grupo maior de pessoas, como iniciantes, idosos e obesos.
Porém, o mais importante é sempre respeitar seus limites. Para quem quer começar a correr, algumas dicas como: intercalar entre corrida e caminhada, focar na respiração e fazer exercícios para fortalecer a musculatura podem ser muito proveitosas. “Tanto a caminhada quanto a corrida tem seu propósito e o ideal é que, antes de iniciar qualquer exercício, seja realizada uma avaliação médica. Com isso, poderá ser indicada para o praticante a modalidade que traga mais benefícios para ele. Se bem indicadas e feitas com a assistência profissional adequada, ambas as atividades podem melhorar muito o nosso sistema circulatório”, finaliza a cirurgiã vascular.
FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita
Site Aline Lamaita