Do outono até o final do inverno, no dia 22 de setembro, ocorrem mudanças bruscas de temperatura e da umidade do ar. Os dias ficam mais frios e o ar cada vez mais seco, contribuindo com a proliferação de agentes alérgenos, vírus e bactérias. Por isso, nesse período, é preciso redobrar os cuidados com a saúde a fim de evitar as famosas irritações e infecções do trato respiratório.
Segundo Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da rede nacional de farmácias Extrafarma, “crianças e idosos não podem se descuidar, já que são os mais atingidos nessa época do ano. Uma crise alérgica, se não controlada, pode ocasionar problemas maiores. É importante que todos fiquem atentos à hidratação, evitem os choques térmicos, locais pouco arejados e, sempre que necessário, procurem a orientação de profissionais da área da saúde.” Ele ainda destaca as principais doenças do período e como identificar cada uma delas.
Confira:
Asma
É uma doença respiratória crônica e surge com a exposição à poeira, ácaros, fungos e variações de temperatura. Para preveni-la, o ideal é manter os ambientes limpos e arejados e evitar mudanças bruscas de temperatura. Sintomas como tosse, chiado no peito, dificuldade para respirar e respiração rápida e curta indicam a presença da asma e exigem a busca de orientação médica.
Rinite
Assim como a asma, a rinite é uma doença com determinação genética e influenciada por fatores ambientais. Com a exposição excessiva aos fatores desencadeantes, ocorre a inflamação da mucosa que reveste o nariz e o surgimento de espirros, coriza e coceira no nariz, sintomas que podem durar de alguns minutos até vários dias. Durante os dias mais frios e secos, o ideal, para prevenir os quadros alérgicos, é manter-se hidratado e utilizar soro fisiológico nasal.
Sinusite
Desencadeada principalmente por alergias e vírus de gripe e resfriados, a sinusite é caracterizada pela inflamação da mucosa dos seios da face, causando dores nas regiões ao redor do nariz, secreção nasal e dores de cabeça. Ao sinal desses fatores, o ideal é procurar um médico e avaliar o tipo de infecção. Apenas em caso de suspeita de infecção por bactérias o uso de antibióticos é indicado. Caso contrário, para reverter o quadro e evitar sua ocorrência, tenha em mãos descongestionantes e lave o nariz com solução salina.
Resfriado
Os resfriados são infecções das vias aéreas, mas os sintomas são mais fracos, como coriza, espirros e dores de garganta, e permanecem de três a cinco dias no organismo. É possível combater os vírus causadores da doença com repouso e ingestão de muito líquido. Isso evita ainda que o quadro se intensifique e o resfriado se torne uma gripe ou pneumonia.
Gripe
Assim como os resfriados, a doença é identificada pela infecção das vias respiratórias superiores. Os sintomas da gripe, apesar de muito parecidos com os do resfriado, são mais fortes e caracterizados pela irritação na garganta, tosse seca e congestão nasal. Por meio do repouso e da ingestão de líquidos, eles podem desaparecer em até três dias. Caso surjam febre e dores no corpo, é importante recorrer à orientação de um médico ou farmacêutico. A gripe é causada pelo vírus influenza e pode ser transmitida por gotículas vindas da tosse ou do espirro da pessoa infectada. Por isso, além da vacinação contra o vírus, o ideal é evitar lugares com muitas pessoas, preferir ambientes arejados e manter as mãos sempre limpas com água e sabão.
Pneumonia
A complicação é muito associada à gripe, uma vez que, em organismos muito debilitados, o vírus da doença se dissemina para os pulmões, causando infecções secundárias e dificuldade para respirar, tosses, secreção amarelada e calafrios decorrentes da febre. A infecção também pode ser causada por bactérias que se aproveitam da fragilidade do organismo para se multiplicar. Nesses quadros, o ideal é buscar ajuda médica, seguir o tratamento com cuidado, intensificar o repouso e hidratar-se.
Otite
Mais comum nas crianças, a otite é uma infecção no ouvido, causada por bactérias e vírus. Geralmente, os sintomas aparecem de dois a sete dias após o início de uma infecção respiratória. Além das dores de ouvido, outros sinais podem indicar que o quadro pode representar uma otite, como febre, tonturas, dores de cabeça e perda de apetite. Ao sentir qualquer desconforto na região dos ouvidos, procure o auxílio de um médico.
Meningite
É causada por bactérias e vírus de infecções respiratórias que sobem até as membranas que envolvem o cérebro e causam dores fortes de cabeça, dores no corpo e vômitos. Ao sinal de qualquer dor forte na cabeça durante a recuperação de quadros de gripe e/ou resfriados, é essencial procurar um médico e avaliar o tratamento mais indicado.
Conjuntivite
Existem diversas causas para a conjuntivite, inflamação da membrana dos olhos que costuma durar de uma a duas semanas. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, alergia a ácaros e pólen, intoxicação por produtos químicos e, em casos mais raros, por fungos presentes na madeira. Os principais sintomas são vermelhidão nos olhos, coceira, inchaço nas pálpebras, olhos lacrimejantes, presença de secreções e pálpebras inchadas. Para evitar o contágio, evite levar as mãos aos olhos, compartilhar toalhas de rosto e produtos de beleza, como rímel e pincel de sombra. Mantenha fronhas e travesseiros sempre limpos e livres de ácaros e faça a higiene correta em lentes de contato. Ao perceber sintomas de conjuntivite, procure um médico e jamais use colírios sem orientação.
Faringite
A inflamação na faringe é causada por infecção viral ou bacteriana e provoca dores de garganta, dificuldades para engolir bebidas e alimentos, garganta seca e rouquidão. Também podem ocorrer febre e inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço. Manter as mãos limpas, evitar levá-las à boca, evitar o compartilhamento de talheres e copos e o contato com pessoas infectadas são formas de prevenir a doença. Para complementar o tratamento médico prescrito, é recomendado repouso, ingestão de líquidos e evitar ambientes com ar muito seco e presença de fumantes.
Amigdalite
Assim como a faringite, a amigdalite é causada por vírus ou bactérias, que atacam as amígdalas. A doença é mais comum em crianças e pré-adolescentes e é caracterizada pelo surgimento de placas brancas ou amareladas nas amígdalas, dores de garganta, dificuldade para engolir, devido ao inchaço nas amígdalas, febre e mau hálito. Os mesmos cuidados da faringite se aplicam ao combate da amigdalite.
Extrafarma
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